quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ter cabelo liso...

A escova progressiva revolucionou a vida de muita mulher, principalmente daquelas que não saíam de casa sem secador ou chapinha. Liberdade é também o seu desejo? Veja aqui os prós e contras de cada técnica.Tudo começou com o alisamento japonês, que deixava o cabelo esticado de forma definitiva, mas o efeito era artificial: fios sem movimento nem brilho. Depois, as escovas progressivas – com duração de cerca de três meses – pipocaram de norte a sul do país, conquistando a maioria das mulheres ávidas por se livrar do frizz, do volume em excesso e das ondas indefinidas. Com o sucesso da técnica, surgiu o alerta sobre o risco do formol para a nossa saúde (se liga, nem tudo vale a pena em nome da beleza!). Ainda bem que apareceram alternativas a ele. Estamos falando de outras substâncias que garantem um ótimo resultado. Quer saber quais são? Confira:
As estrelas do alisamento
Escova de chocolate, cana-de-açúcar, morango, avelã, chantilly… Há uma infinidade de tipos culinários que prometem alisar o cabelo sem estragá-lo. Mas, pense bem, não existe mágica! Para modificar a estrutura do fio, é preciso alguma substância química capaz disso. “O princípio ativo tem que entrar na fibra capilar, atravessar as escamas e a medula do fio e chegar até o córtex, onde fica a queratina”, explica Maurício Pupo, professor de cosmetologia. Lá, cada grupo de molécula de queratina se liga a outro por uma estrutura chamada de ponte de enxofre. Para fazer o cabelo crespo virar liso, o alisante precisa quebrar essa ponte e reorganizar a forma que as moléculas estão unidas. Tudo isso para você entender que não é qualquer produto que vai alisar o fio. Por isso, entram na jogada nomes esquisitíssimos, mas que funcionam: o tioglicolato (de amônia e de etalonamina) é mais suave e, se usado em diferentes concentrações, pode apenas reduzir o volume, relaxar as ondas ou garantir um efeito chapado. Já a família dos hidróxidos (de sódio, de cálcio e a guanidina) é mais forte e indicada para os fios resistentes, como o afro. Em contrapartida, os cabeleireiros não indicam essa substância para cabelo tingido ou com outra química, que já está bastante sensibilizado.O risco do formol
Sim, ele também tem o poder de alisar e, por isso, está por trás (mesmo que escondido) de várias escovas progressivas que alegam não conter nenhum agente agressivo na fórmula. Segundo a Anvisa, agência nacional que regula medicamentos e cosméticos, a substância só pode ser usada numa concentração de até 0,2%. O problema é que nessa quantidade o formol funciona apenas como conservante e não alisante. E acima dessa dosagem pode causar irritação na pele, no couro cabeludo, nos olhos, nas narinas, intoxicação respiratória e até matar no caso dos profissionais que fazem diversos procedimentos num único dia. Tem mais: quem fez a escova à base de formol conta que o cabelo fica brilhante. Aí, a pergunta é inevitável: será que faz mal mesmo? Isso acontece porque a substância encapa o fio como se fosse um cimento – deixa o cabelo lindo do lado de fora, mas totalmente sem vida por dentro. “Em alguns meses, ele perde o brilho e, pior, pode partir com uma simples escovação”, diz Evandro Ângelo, hair stylist do salão EV, em São Paulo.
Fórmulas especiais para reparar o dano

Mesmo sem usar formol, qualquer escova progressiva – seja com tioglicolato ou guanidina (os mais comuns) – vai gerar um saldo negativo, deixando os fios ressecados, quebradiços e com pontas duplas. Mas, tamanha a demanda das brasileiras pelo alisamento, a indústria cosmética já vem pensando em como reverter o dano. As novas fórmulas que alisam também contam com cargas extras de queratina e outras substâncias hidratantes capazes de proteger o fio. “Por terem bastante afinidade com a fibra capilar, esses ativos conseguem repor a massa perdida, deixando o cabelo mais resistente e brilhante”, fala Everton de Freitas, químico da Vital Especialidades, empresa que desenvolve princípios ativos para cosmético, em São Paulo. É o caso da escova inteligente, que virou febre no Rio de Janeiro, inclusive entre as celebridades – Juliana Paes, Carol Castro, Bruna di Túlio testaram e gostaram. A técnica ganhou esse nome por não haver necessidade de ficar sem lavar a cabeça por três dias consecutivos como nas versões anteriores. “Além dessa vantagem, o método, por conter substâncias reconstrutoras, é indicado para quem fez tintura ou outro tipo de alisamento”, conta Tony Sant’anna, cabeleireiro do salão Club Capelli, no Rio de Janeiro.
Para prolongar o seu liso
Se nem passa pela sua cabeça abrir mão da escova progressiva, saiba que pequenos ajustes na rotina de cuidados serão necessários, como trocar o xampu e o condicionador. Apesar de o seu fio ser naturalmente seco ou oleoso, você deve optar por cosméticos para cabelo danificado. Esses produtos contêm ativos reconstrutores e agentes hidrantes. Os primeiros, como a queratina e os aminoácidos, refazem a estrutura da fibra capilar que ficou prejudicada depois do processo de alisamento. Já as substâncias para hidratar – óleos e manteigas – servem para lubrificar o fio, protegendo-o e garantindo mais brilho. Os kits completos, com xampu, condicionador e creme para pentear, também são boas opções – além de tratar, prolongam o efeito liso. E lembre-se: cuidar bem do cabelo garante que ele esteja saudável na hora de fazer o próximo retoque.

Nenhum comentário:

Postar um comentário